domingo, 13 de setembro de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 19,25-27 - 15.09.2020

 Liturgia Diária


15 – TERÇA-FEIRA  

NOSSA SENHORA DAS DORES


(branco, sequência facultativa, prefácio de Maria – ofício da memória)



Simeão disse a Maria: Teu filho será causa de queda e de ressurreição para muitos. Ele será sinal de contradição, e teu coração será transpassado como por uma espada (Lc 2,34s).


A devoção a Nossa Senhora das Dores sintetiza as tribulações de toda a vida de Maria. Ela viveu na própria alma os sofrimentos do filho. Esta memória litúrgica foi inserida no calendário romano pelo papa Pio 7º, no século 19. Celebremos em comunhão com as mães que passam por diversas formas de aflição.

Evangelho: João 19,25-27


Aleluia, aleluia, aleluia.


Feliz a Virgem Maria, que, sem passar pela morte, / do martírio ganha a palma, ao pé da cruz do Senhor! – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 19,25-27

«Uma espada traspassará tua alma»


Dom Josep Mª SOLER OSB Abade de Montserrat (Barcelona, Espanha)

Hoje, na festa de Nossa Senhora, a Virgem das Dores, escutamos palavras pungentes de boca do ancião Simeão: «E a ti, uma espada traspassará tua alma!» (Lc 2,35). Afirmação que, no seu contexto, não aponta unicamente à paixão de Jesus Cristo, senão que ao seu mistério, que provocará uma divisão no povo de Israel e, por conseguinte uma dor interna em Maria. Ao longo da vida pública de Jesus, Maria experimentou o sofrimento pelo fato de ver a Jesus rejeitado pelas autoridades do povoado e ameaçado de morte.


Maria, como todo discípulo de Jesus, teve de aprender a colocar as relações familiares em outro contexto. Também Ela, por causa do Evangelho, tem que deixar ao Filho (cf. Mt 19,29), e há de aprender a não valorizar a Cristo segundo a carne, ainda quando tinha nascido dela segundo a carne. Também Ela há de crucificar sua carne (cf. Ga 5,24) para poder ir se transformando a imagem de Jesus Cristo. Mas, o momento forte do sofrimento de Maria, no que Ela vive mais intensamente a cruz, é o momento da crucificação e a morte de Jesus.


Também na dor, Maria é modelo de perseverança na doutrina evangélica ao participar nos sofrimentos de Cristo com paciência (cf. Regra de São Bento, Prólogo 50). Assim tem sido perante sua vida toda e, sobre tudo, no momento do Calvário. Assim, Maria transforma-se em figura e modelo para todo cristão. Por ter estado estreitamente unida à morte de Cristo, também está unida a sua ressurreição (cf. Rm 6,5). A perseverança de Maria na dor, fazendo a vontade do Pai, lhe dá uma nova irradiação no bem da Igreja e da Humanidade. Maria nos precede no caminho da fé e do seguimento de Cristo. E o Espírito Santo nos conduz a nós a participar com Ela nessa grande aventura.

Fonte http://evangeli.net/


TUDO ESTÁ CONSUMADO... Jo 19,25-27

HOMILIA

São João nos apresenta o texto da crucificação do Mestre. E nele duas figuras se destacam: Maria, a Mãe de Jesus e João, o discípulo amado. Como ontem, continuamos hoje refletindo sobre a realidade da Cruz. Antes de Jesus, a cruz era vista como um instrumento de castigo, de humilhação, de condenação dos criminosos. Porém, o fato de Jesus, o Filho de Deus ter sido crucificado deu à cruz um sentido novo: deixou de evocar a condenação e a morte, para significar exaltação da vida. E esta mudança radical da maneira de se ver a cruz foi por causa da vida de Jesus. Jesus, pela sua existência impecável só fazendo o bem e anunciando a Boa Notícia para a nossa salvação, aceitou a morte de cruz, e isto demonstrou a sua fidelidade ao plano do Pai em relação ao Filho, Cordeiro imolado pelos nossos pecados e para a nossa salvação. Nela ficou patente que Deus era o Senhor único e exclusivo da vida de Jesus, e que nenhum fariseu ou escriba foi suficientemente forte para desviá-lo do caminho traçado pelo Pai.


Jesus, apesar de ter pedido ao Pai no Horto das Oliveiras que o livrasse daquele cálice amargo, deixou, contudo, que se realizasse a vontade desse mesmo Pai. Por isso Jesus não vacilou e enfrentou o martírio de cruz com cabeça erguida, até o final em que disse: “Pai tudo está consumado, a Ti entrego o meu espírito”. Por outras palavras, diríamos que tinha chegado a hora d’Aquele que se fez contar entre os ladrões para salvar a todos. Ele não teve outra sina senão a Cruz. Assim Jesus Cristo, tido como um criminoso, carregou a sua cruz e tendo chegado ao cimo da montanha foi pregado nela.


Uma característica importante do seguidor de Jesus é a perseverança, ou seja, o compromisso de vida que se prolonga no tempo, vencendo as crises. Quando Jesus pede para: “permanecer em mim e eu nele” (Jo 6,56; 15,4) ou “permanecer no meu amor” (Jo 15,9) expressa uma sintonia profunda, uma comunhão de mente e de coração. Este é o sentido da imagem da videira e dos ramos (15,1-11). Como também: “Se vocês permanecerem na minha palavra, serão verdadeiramente meus discípulos. Vocês conhecerão a verdade, e a verdade fará de vocês pessoas livres” (cf. Jo 8,31s). Jesus promete: “Se vocês permanecerem em mim e as minhas palavras permanecerem em vocês, peçam o que quiserem, e o Pai lhes concederá” (Jo 15,7). Na primeira epístola de João também se diz desta atitude de vida: “Quem pretende permanecer nele, deve também andar no caminho que Jesus andou” (1 Jo 2,6).


Manter-se junto à cruz expressa a atitude de estar em sintonia com Jesus, exercitando a fé no momento de crise da morte e de sua passagem para o Pai. Maria, as mulheres e o discípulo amado são os que perseveram neste momento crucial. Permanecem com Jesus e em Jesus. É certo que este momento significou um grande sofrimento para Maria. Mas, parece que perseverar assume mais importância do que sofrer.


Qual é o sentido do encontro de Maria com o discípulo amado, ao pé da cruz? Não é resolver um problema de família, ou seja, quem iria tomar conta da mãe de Jesus depois da morte dele. Nesse momento tão importante da cruz, João quer nos dizer algo mais. Ele deixa impresso na memória de todos os cristãos que Maria não é somente a mãe, que concebeu, gestou, deu à luz, nutriu e educou Jesus. Novamente, ela é chamada de “mulher”, como em Caná (Jo 2,4 e 19,25). Seu lugar está além dos laços de sangue e das relações familiares. Por vontade de Jesus, Maria é adotada como mãe pela comunidade cristã de todos os tempos. O discípulo amado, que representa a comunidade, recebe-a como mãe. E Maria é investida nessa nova missão. Acolhe os membros da comunidade cristã como seus filhos.


Que Maria me acolha como filho bem amado do seu Filho afim de que, olhando para a glória que me está reservada no Céu, carregue a minha cruz todos os dias. E quando chegar a minha hora eu diga como Jesus: Pai tudo está consumado, a Ti entrego o meu espírito.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé



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