segunda-feira, 3 de agosto de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 15,1-2.10-14 - 04.08.2020

Liturgia Diária

4 – TERÇA-FEIRA 
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY

PRESBÍTERO E CONFESSOR

(branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória)

Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria (Jr 3,15).

Nascido em 1786 na França, João enfrentou sérias dificuldades nos estudos. Contudo, foi ordenado padre e enviado a uma pequena aldeia, onde conquistou lentamente os habitantes do lugar. Foi um dos maiores confessores da Igreja no país. Dotado de extrema generosidade, dava aos pobres suas roupas e calçados. Seus sábios conselhos moveram multidões, que a ele recorriam de todas as partes. Faleceu em 1859. O papa Pio 11 o nomeou patrono de todos os párocos. Deixemo-nos impulsionar por seus exemplos de humildade, vida de oração e zelo pastoral.

Evangelho: Mateus 15,1-2.10-14

Aleluia, aleluia, aleluia.

Mestre, tu és o Filho de Deus, / és rei de Israel! (Jo 1,49) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 1Naquele tempo, alguns fariseus e mestres da Lei, vindos de Jerusalém, aproximaram-se de Jesus e perguntaram: 2“Por que os teus discípulos não observam a tradição dos antigos? Pois não lavam as mãos quando comem o pão?” 10Jesus chamou a multidão para perto de si e disse: “Escutai e compreendei. 11Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai da boca, isso é que torna o homem impuro”. 12Então os discípulos se aproximaram e disseram a Jesus: “Sabes que os fariseus ficaram escandalizados ao ouvir as tuas palavras?” 13Jesus respondeu: “Toda planta que não foi plantada pelo meu Pai celeste será arrancada. 14Deixai-os! São cegos guiando cegos. Ora, se um cego guia outro cego, os dois cairão no buraco”. – Palavra da salvação.


Reflexão - Evangelho: Mateus 15,1-2.10-14
“Escutai e compreendei. Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai da boca, isso é que torna o homem impuro”.

Doutores da Lei e fariseus se organizam e, de modo solene e oficial, partem para questionar Jesus. E fazem uma acusação grave: “Por que os teus discípulos desobedecem à tradição dos antepassados?” Na resposta para eles, Jesus inclui também a multidão e expõe um critério válido para todos os tempos e consciências: a impureza da pessoa não provém de um alimento, mas do íntimo da própria pessoa. Impuro é o ser humano com suas más intenções, egoísmo, injustiça… Impermeáveis, os fariseus saem como chegaram. A mensagem de Jesus não encontra acolhida neles, nem os leva a mudar de comportamento. Jesus então revela quem de fato eles são: “cegos guiando cegos”. Por não conhecerem o caminho, enganam os outros. Não são confiáveis.

Fonte https://www.paulus.com.br/


LAVAR O CORAÇÃO E NÃO AS MÃOS Mt 15,1-2.10-14 - 04.08.2015
HOMILIA

A planta plantada pelo Pai é aquela que dá frutos de amor e misericórdia, na liberdade dos filhos de Deus que se empenham na construção de um mundo de justiça e paz.
Todo o nosso ser como planta do Pai se estiver virado para Deus, não precisaremos lavar as mãos e também não haverá lugar para as trevas nos nossos corações. Porque a Luz Divina unifica-nos, chama-nos a uma vida sempre mais verdadeira: as máscaras, que permanecem mesmo no casal, no relacionamento entre namorados, entre filhos e pais, entre parentes, colegas, vizinhos e amigos cairão progressivamente. A ambigüidade dos nossos propósitos, dos nossos comportamentos, a distância entre o que dizemos ou fazemos desaparecem naturalmente. Se o desejo profundo que nos faz viver é primeiro que tudo o desejo do alto, o olhar que dirigimos ao nosso cônjuge e sobre todos os que me referi acima, está acima dos outros, vem de Deus, será purificado de qualquer ambição, despojado de vontade e mãos abertas, para se tornar um olhar respeitoso e maravilhado pelo mistério do outro. Agora uma coisa que não pode acontecer comigo e nem contigo é a desconfiança o olhar maliciosamente nas ações dos outros. Ver nelas algo para derrubar, para levar vantagens próprias e egoísticas, aí está o problema. Será que, me pergunto, fico reparando demasiadamente nas ações das outras pessoas? E me esqueço que nem tudo o que brilha é ouro? E que as coisas nem sempre são o que me parecem ser?
Meu irmão, minha irmã. Não adianta viver de aparências diante dos homens, pois Deus vê a intenção que trazemos no coração. Algumas vezes nos preocupamos com as práticas exteriores como os fariseus no evangelho de hoje: Por que é que os seus discípulos comem sem lavar as mãos, desobedecendo assim aos ensinamentos que recebemos dos antigos?, e esquecemos de olhar para o nosso interior que precisa tanto de conversão. Jesus nos deixa bem claro: Não é o que entra pela boca que faz com que alguém fique impuro. Pelo contrário, o que sai da boca é que pode tornar a pessoa impura. Portanto é o mal que sai do coração. É isso sim que prejudica a vida do homem. Por isso é que Jesus nas bem-aventuranças diz. Felizes os puros de coração. Devemos ter muito cuidado com as palavras que falamos e com as nossas ações. Peçamos sempre a Deus que faça de nós instrumentos de edificação na vida de nossos irmãos, pois fomos chamados para promover o bem que se fundamenta na rocha da fé.
Procura guiar os que estão ao meu redor para qual caminho? A felicidade nunca está onde a pomos, e, nunca a pomos onde estamos. Que tipo de felicidade procura o nosso mundo ? Será que a encontra? Onde ? Em quê? Onde estará o Caminho da felicidade ? Onde o podemos encontrar ? Não está e nem pode estar fora de nós. Ela está dentro de nós mesmo. Santo Agostinho diz que não podemos procurar Deus longe de nós. Deus está dentro de nós no nosso coração, na voz intima da nossa consciência. E se o nosso coração estiver limpo, se a nossa consciência for límpida, nela tudo será puro e sendo puro seremos obedientes à voz da consciência que é a do próprio Deus. É dela que o Profeta Isaías faz o anúncio como sendo aquele que nos trará a felicidade, que nos indicará o caminho para que possamos ser felizes. Vamos, portanto escutar com os ouvidos e com o coração e não com as mãos lavadas como os fariseus induziam o povo.
Senhor daí-me a graça de sempre lavar, não as mãos ao me aproximar da Vossa mesa, mas sim o coração. Para que Tu entrando nele o possas transformar num verdadeiro templo, onde vos possa louvar, adorar, bendizer e agradecer a graças que me tendes concedido todos os dias.
Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla




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