sexta-feira, 8 de março de 2019

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 6,7-15 - 12.03.2019

Liturgia Diária

DIA 12 – TERÇA-FEIRA   
1ª SEMANA DA QUARESMA

(roxo – ofício do dia)

Vós fostes, Senhor, o refúgio para nós de geração em geração: desde sempre e para sempre, vós sois Deus (Sl 89,1s).

A Palavra do Senhor exerce em nós a mesma ação que a água na terra. Deixemo-nos fecundar por ela nesta Eucaristia e aprendamos com o Mestre a atitude com a qual convém nos dirigirmos a Deus.

Evangelho: Mateus 6,7-15

Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!

O homem não vive somente de pão, / mas de toda palavra da boca de Deus (Mt 4,4). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Mateus 6,7-15
«E, orando, não useis de vãs repetições, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário»

Rev. D. Joaquim FAINÉ i Miralpech
(Tarragona, Espanha)

Hoje, Jesus –que é o Filho de Deus- me ensina a me comportar como um filho de Deus. O primeiro ponto é a confiança quando falo com Ele. Mas o Senhor adverte: «Quando orardes, não useis de muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras» (Mt 6,7). Porque os filhos, quando falam com os pais, não usam raciocínios complicados, nem muitas palavras, mas com simplicidade pedem tudo aquilo que precisam. Sempre tenho a confiança de ser ouvido porque Deus –que é Pai- me ama e escuta. De fato, orar não é informar a Deus, mas pedir-lhe tudo o que preciso, já que «vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes» (Mt 6,8). Não seria um bom cristão se não oro, como não pode ser bom filho quem não fala habitualmente com seus pais.

O Pai Nosso é a oração que Jesus mesmo nos ensinou, e é um resumo da vida cristã. Cada vez que rezo ao Pai, nosso, deixo-me levar de sua mão e lhe peço aquilo que preciso cada dia para ser melhor filho de Deus. Preciso, não somente o pão material, mas —sobretudo— o Pão do Céu. «Peçamos que nunca nos falte o Pão da Eucaristia» Também aprender a perdoar e a ser perdoados: «Para poder receber o perdão que Deus nos oferece, dirijamo-nos ao Pai que nos ama», dizem as formulas introdutórias ao Pai Nosso da Missa.

Durante a Quaresma, a Igreja me pede para aprofundar na oração. «A oração é conversar com Deus, é o bem maior, porque constitui (...) uma união como Ele» (São João Crisóstomo). Senhor, preciso aprender a rezar e obter conseqüências concretas na minha vida. Sobretudo, para viver a virtude da caridade: a oração me da força para viver cada dia melhor. Por isso, peço diariamente que me ajude a desculpar tanto as pequenas chatices dos outros, como perdoar as palavras e atitudes ofensivas e, sobretudo, a não ter rancores, e assim poder dizer-lhe sinceramente que perdôo de todo coração a quem me tem ofendido. Conseguirei, porque em todo momento me ajudará a Mãe de Deus.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


JESUS ENSINA A REZAR Mt 6,7-15
HOMILIA

No tempo da quaresma a igreja nos convida a viver em oração, penitência e caridade. E hoje, Jesus vem nos ensinar como realizar um destes três pilares: a oração.

Este tempo é bastante propício para reiniciarmos ou darmos continuidade as nossas orações, entretanto elas não precisam ser proferidas em muitas e belas palavras. Não importa quantas e quais palavras utilizemos em nossas orações, Jesus nos garante no evangelho: “vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais.” Por isso, a forma mais simples e humilde de orar é através do Pai Nosso.

Todos conhecemos a oração do Pai Nosso, mas exatamente por conhecer muito bem, às vezes oramos sem meditar sobre o que estamos falando. Esta oração é muito bonita e forte, mas de nada nos serve se ela não sair do nosso coração. Seria como uma oração muito bonita e pomposa, mas vazia de sentimento. Penso que este é o principal ponto da oração, ela deve sair do coração não importando se a frase é apenas um “Meu Deus eu te amo, tem piedade de mim”.

Jesus nos ensina a rezar. Ele diz que não precisamos usar palavras bonitas ou difíceis, pois o Pai já sabe do que precisamos, muito antes de nós abrirmos a boca para pedir.

Então a nossa oração serve mais para nós do que para Deus? Veja que interessante: quando oramos a Deus, estamos lembrando a nós mesmos que é Ele quem está no comando das nossas vidas. E é com essa segurança que voamos cada vez mais alto, e saltamos cada vez mais longe, pois sabemos que Ele não vai nos desamparar.

Na oração do Pai Nosso, também pedimos o alimento de cada dia e o perdão das nossas ofensas. Mas isso é algo que Ele só pode participar parcialmente, pois nós precisamos fazer a nossa parte. Vejamos: pra poder comer, é preciso trabalhar, certo? Ou pelo menos alguém precisa.

Por último, o evangelho nos faz refletir sobre o perdão: “De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.

O texto nos traz uma passagem de Mateus 18, 23-35, que se aplica muito bem a estes dois versículos. Na parábola Jesus compara o Reino ao rei que perdoa a enorme dívida do seu, mas este ao sair da vista do patrão agarra e sufoca um de seus devedores não perdoando sua pequena dívida. Então, este empregado que foi perdoado e não perdoou deverá prestar contas ao rei por sua maldade. E para poder ser perdoado, é preciso perdoar.

Então quando fazemos à oração do Pai Nosso, temos a oportunidade de lembrar que para poder corresponder a todos esses mimos e paparicos do nosso Pai do Céu, precisamos sair do nosso comodismo, trabalhar e perdoar a quem nos ofendeu, e assim, nos libertarmos de uma prisão que nós teimamos em construir em torno de nós mesmos.

Meu irmão, minha irmã, precisamos orar assim como precisamos respirar. Pela oração constante estabelece-se com Deus profunda intimidade e a partir dela somos levados a moções: situações da nossa vida que nos levam para perto do Senhor, aquilo que te conduz a Ele, que nos faz amar mais, perdoar mais. No entanto, quando estamos mergulhados nos ruídos interiores, há o ardil: situações que nos afastam de Deus e nos devia de Seus caminhos. Mas, persevere. Não desista de rezar. Prostra-te até Deus colocar em teu coração a certeza da vitória. Transforme os ruídos interiores em perseverança, em oração. Abras o coração, fales com o Senhor, sejas insistente na oração, estejas aberto a Sua vontade, aguardes a Providência Divina no momento certo da sua vida.

Suplique até Ele colocar em teu coração a certeza da vitória, pois oração é combate. Peça a graça de descobrir as coisas que te prostram e não permitem que perseveres. Se necessário chame e grite: Pai Nosso.

Fonte https://homilia.cancaonova.com


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