sexta-feira, 17 de novembro de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Mt 25,14-30 - 19.11.2017

33º Domingo do Tempo Comum
19 de Novembro de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Mt 25,14-30

Como foste fiel na administração de tão
pouco, vem participar de minha alegria.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 25,14-30

Naquele tempo,
Jesus contou esta parábola a seus discípulos:
14Um homem ia viajar para o estrangeiro.
Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens.
15A um deu cinco talentos,
a outro deu dois e ao terceiro, um;
a cada qual de acordo com a sua capacidade.
Em seguida viajou.
16O empregado que havia recebido cinco talentos
saiu logo,
trabalhou com eles, e lucrou outros cinco.
17Do mesmo modo, o que havia recebido dois
lucrou outros dois.
18Mas aquele que havia recebido um só,
saiu, cavou um buraco na terra,
e escondeu o dinheiro do seu patrão.
19Depois de muito tempo, o patrão voltou
e foi acertar contas com os empregados.
20O empregado que havia recebido cinco talentos
entregou-lhe mais cinco, dizendo:
`Senhor, tu me entregaste cinco talentos.
Aqui estão mais cinco que lucrei'.
21O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel!
como foste fiel na administração de tão pouco,
eu te confiarei muito mais.
Vem participar da minha alegria!'
22Chegou também o que havia recebido dois talentos,
e disse:
`Senhor, tu me entregaste dois talentos.
Aqui estão mais dois que lucrei'.
23O patrão lhe disse: `Muito bem, servo bom e fiel!
Como foste fiel na administração de tão pouco,
eu te confiarei muito mais.
Vem participar da minha alegria!'
24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento,
e disse: `Senhor, sei que és um homem severo,
pois colhes onde não plantaste
e ceifas onde não semeaste.
25Por isso fiquei com medo
e escondi o teu talento no chão.
Aqui tens o que te pertence'.
26O patrão lhe respondeu: `Servo mau e preguiçoso!
Tu sabias que eu colho onde não plantei
e que ceifo onde não semeei?
27Então devias ter depositado meu dinheiro no banco,
para que, ao voltar,
eu recebesse com juros o que me pertence.'
28Em seguida, o patrão ordenou:
`Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez!
29Porque a todo aquele que tem
será dado mais, e terá em abundância,
mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado.
30Quanto a este servo inútil,
jogai-o lá fora, na escuridão.
Ali haverá choro e ranger de dentes!'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Evangelho - Mt 25,14-30
«A todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância»

Hoje, Jesus narra-nos outra parábola do juízo. Aproximamo-nos da festa do Advento e, portanto, está próximo o fim do ano litúrgico.

Deus, ao dar-nos a vida, entregou-nos também umas possibilidades -maiores ou mais pequenas- de desenvolvimento pessoal, ético e religioso. Não importa se cada um tem muito ou pouco, o importante é que temos de fazer render o que recebemos. O homem da nossa parábola, que esconde o seu talento por medo do seu senhor, não soube arriscar: «Aquele que havia recebido um só, foi cavar um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor» (Mt 25,18). Talvez seja este o núcleo da parábola: temos que ter a percepção de um Deus que nos faz sair de nós próprios, que nos anima a viver a liberdade pelo Reino de Deus.

A palavra talento desta parábola -que não é mais do que uma medida de peso que representa 30 kg de prata- fez tanto sucesso, que até já se emprega na linguagem popular para designar as qualidades duma pessoa. Porém, a parábola não exclui que os talentos que Deus nos deu não sejam somente as nossas possibilidades, mas também as nossas limitações. O que somos e o que temos, esse é o material com que Deus quer fazer de nós uma nova realidade.

A frase «a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado» (Mt 25,29), não é, naturalmente, uma máxima para animar ao consumo, antes só se pode entender em relação ao amor e a generosidade. Efetivamente, se correspondemos aos dons de Deus, confiando na sua ajuda, então experimentaremos que Ele é que dá o incremento: «As histórias de tantas pessoas simples, bondosas, a quem a fé fez boas, demonstram que a fé produz efeitos muito positivos (...). E, pelo contrário, também temos de constatar que a sociedade, com a evaporação da fé, se tornou mais dura... » (Bento XVI).
P. Antoni POU OSB Monje de Montserrat 
(Montserrat, Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


Você tem multiplicado os dons que Deus lhe deu?
HOMILIA

Quanto mais investimos nos dons e nos talentos que Deus nos deu, tanto mais estes crescem, se tornam fecundos e produzem frutos.

“O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’” (Mateus 25, 23).

A parábola dos talentos, contida nos ensinamentos de Jesus, é sempre, para nós, um convite para refletirmos bem sobre a nossa atitude diante dos dons, dos talentos, das responsabilidades e da missão que cada um de nós recebemos de Deus. Não existe ninguém neste mundo que não tenha dom, que não tenha talento!

É admirável contemplar o quanto as pessoas fisicamente debilitadas capricham no que fazem, o quanto colocam seus dons naquilo que podem fazer, muitas vezes, até com muito mais intensidade do que aqueles que têm mais condições físicas para fazer isso ou aquilo.

Como é bom e como é admirável ver cada um colocar à disposição dos outros o talento que tem! E a Palavra de Deus hoje justamente nos diz isto: quanto mais investimos no dom e no talento que temos, tanto mais o nosso dom cresce, tanto mais o nosso talento se torna fecundo e produz frutos. Como ocorre com quem tem o dom de falar, de pregar, de cantar e de cuidar do outro. Algum dom você tem, algum talento você tem!

Por outro lado, não existe coisa pior do que a pessoa inerte, preguiçosa, que não leva em conta o pouco talento que tem e não investe nele para que este se torne mais fecundo. Ninguém precisa invejar ninguém, cada um tem a sua capacidade. Em vez de ficarmos olhando para o talento do outro, se cuidássemos mais do nosso, a graça de Deus viria em nosso auxílio para que o nosso dom se tornasse cada vez mais fecundo, para que ele produzisse cada vez mais frutos de bondade onde quer que nós estejamos.

Não seja um operário preguiçoso, não seja um operário inerte, irresponsável, que não leva adiante o dom que você recebeu da vida! Você tem dom para alguma coisa, ou talvez você tenha muitos dons e muitos talentos, apenas que você precisa sair da posição cômoda. Existem pessoas que gostam apenas de ser servidas e cuidadas, elas querem apenas que os outros olhem para elas, mas não são capazes de sair de si, de lutar, de correr atrás, de madrugar e de dar um pouco de si aos demais.

Eu vejo pessoas criticando quem faz leitura na igreja, quem faz isso ou aquilo. Por que elas não vão fazê-la? Por que elas não o fazem melhor? É muito fácil apontar o dedo para os outros, o difícil é querer ficar no lugar deles; o difícil é se esforçar para fazer o melhor e dar o melhor de si para que o Reino de Deus aconteça com os talentos que o Senhor confiou a nós.

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/homilia


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