sábado, 6 de agosto de 2016

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Jo 12,24-26 - 10.08.2016 - Se alguém me serve, meu Pai o honrará.

São Lourenço, Diácono e Mártir . Festa
Cor: Vermelho

Evangelho - Jo 12,24-26

Se alguém me serve, meu Pai o honrará.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 12,24-26

Naquele tempo, disse Jesus a seus discipulos:
24Em verdade, em verdade vos digo:
Se o grão de trigo que cai na terra
não morre,
ele continua só um grão de trigo;
mas se morre,
então produz muito fruto.
25Quem se apega à sua vida,
perde-a;
mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna.
26Se alguém me quer servir,
siga-me,
e onde eu estou
estará também o meu servo.
Se alguém me serve,
meu Pai o honrará".
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 12, 24-26
Hoje em dia, mais do que nunca, o testemunho dos valores do Evangelho se faz necessário até às últimas conseqüências. A partir daí percebemos uma das maiores responsabilidades do discipulado: a vivência de forma radical dos valores evangélicos e o testemunho da verdade anunciada por Jesus. Todas as pessoas que assumem esta radicalidade do Evangelho mostram ao mundo que existe a verdadeira esperança de superar todos os males que marcam o nosso tempo e construir uma nova realidade, fundamentada nos valores evangélicos, que pode trazer às pessoas humanas a verdadeira felicidade, e que, na sua busca, vale a pena o sacrifício até mesmo da própria vida.
Fonte CNBB


O GRÃO DE TRIGO DEVE MORRER Jo 12,24-26
HOMILIA

A palavra de Jesus é o grão de trigo lançado à terra, que nasce, cresce e dá muito fruto. A palavra de Jesus é recebida por nós, em nosso coração. Ali ela nasce, cresce e nos faz adultos conscientes e prontos a produzir muitos frutos na seara do Senhor. Quando amadurecemos na palavra de Deus, conseguimos algo até inexplicável, que só com Ele conseguimos. E, mesmo nos amando muito a nós mesmos, conseguimos esquecer-nos e praticarmos ações tão altruístas, que só na ação do Espírito Santo é possível. É isso que Jesus nos quer dizer quando fala: “aquele que se ama perde-se e aquele que despreza a si mesmo neste mundo, assegura para si a Vida Eterna“. Como instrumentos de Deus, conseguimos amar mais ao próximo do que a nós mesmos, como Jesus fez, dando a própria vida para nos salvar. São João , em sua primeira carta nos fala: “Aquele que diz que ama a Deus que não vê e não ama o seu irmão que vê , é mentiroso.. Se alguém tiver bens neste mundo e vir seu irmão passando necessidades e lhe fechar as entranhas, como habitará nele o amor de Deus?”


Precisamos orar muito a Deus, para que nos conceda o dom do entendimento, do discernimento, para que sempre compreendamos, através do Seu Espírito Santo, as mensagens que Ele nos envia, solicitando a nossa participação no seu plano de salvação. Para São João “quem confessa que Jesus é o filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus.” Que bom, que graça, quando entendemos todo esse mistério na relação de Deus com a humanidade inteira, sem dúvidas, sem questionamentos! Que muito bom, quando o Espírito de Deus nos aquece com seu amor, repousando no nosso coração, porque O acolhemos e O aceitamos, esquecendo-nos de nós mesmos e atendendo ao nosso irmão que tanto está precisando de algo e de algumas palavras com esse amor; sendo atencioso e ouvindo-o em seus lamentos e dúvidas.

A cada gesto desses, somos admirados pelo Senhor. Ainda mais no mundo complicado e injusto em que hoje vivemos. Onde o mal prolifera e arrasta-se em todas as camadas sociais, transformando e transtornando gente, corrompendo e deixando-as indignas e por isso infelizes; porque Deus quando nos criou, o Seu Plano era de que fôssemos íntegros, felizes e imortais, dentro do Paraíso. Porém, o pecado entrou no mundo e nos fere e nos mata para Deus, quando nos afastamos do seu amor e da sua Graça, embora Ele continue sempre nos amando, aguardando, minuto a minuto, que consigamos reencontrar o seu caminho da Felicidade Verdadeira. Acreditamos nas palavras de Jesus, pois a morte não é o último ato isolado da existência, mas é o termo de uma vida devotada ao amor.

Apegar-se à vida é querer afirmá-la em conformidade com os critérios da ideologia de sucesso deste mundo sob controle dos poderosos, agentes da morte lenta ou violenta. Guardar a vida na vida eterna supõe

o desprezo desta ideologia de sucesso e poder, que impõe a submissão pelo temor. Quem não teme a própria morte está livre para colocar-se totalmente a serviço da vida. O seguimento de Jesus se faz com o dom total de si mesmo, a favor da vida.

Senhor Jesus, a vida jorrou abundante de tua fidelidade até à morte de cruz. Possa eu beneficiar-me desta plenitude de vida.
Fonte Canção Nova

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