quarta-feira, 27 de março de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 18,1-19,42 - 29.03.2024

Liturgia Diária


29 – SEXTA-FEIRA 

PAIXÃO DO SENHOR


DIA DE JEJUM E ABSTINÊNCIA


(vermelho – ofício próprio)



Evangelho: João 18,1-19,42 

Antífona:

Nas sombras do jardim, o Justo é traído, conduzido ao julgamento, coroa de espinhos, clamor da multidão, cruz erguida. Amor que se doa, redenção consumada, esperança ressurgida.


João 18,1-19,42 (Bíblia de Jerusalém)

Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo,18,1 Dito isto, Jesus saiu com os seus discípulos para o outro lado do torrente de Cedron, onde havia um jardim, no qual entrou com os discípulos. 

2 Também Judas, o traidor, conhecia aquele lugar, porque Jesus ia muitas vezes ali reunir-se com os seus discípulos. 

3 Judas, pois, levou consigo um batalhão de soldados e os guardas dos príncipes dos sacerdotes e dos fariseus, e veio ali com lanternas, tochas e armas. 

4 Mas Jesus, sabendo tudo o que ia acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes: “A quem buscais?” 

5 Responderam-lhe: “A Jesus de Nazaré.” Disse-lhes Jesus: “Sou eu.” Estava também com eles Judas, o traidor. 

6 Quando Jesus lhes disse: “Sou eu”, recuaram e caíram por terra. 

7 Tornou a perguntar-lhes: “A quem buscais?” Eles responderam: “A Jesus de Nazaré.” 

8 Respondeu Jesus: “Já vos disse que sou eu. Se, pois, me buscais, deixai que estes se retirem.” 

9 Assim se cumpriu a palavra que dissera: “Dos que me deste, não perdi nenhum.” 

10 Simão Pedro, que tinha uma espada, sacou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 

11 Mas Jesus disse a Pedro: “Mete a espada na bainha. Não haverei de beber o cálice que meu Pai me deu?” 

12 Então, a tropa, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus, amarraram-no 

13 e conduziram-no primeiro a Anás, pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote daquele ano. 

14 Foi Caifás quem aconselhou aos judeus que era conveniente que um homem morresse pelo povo. 

15 Simão Pedro e outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote. 

16 Pedro ficou fora, à porta. Saiu, então, o outro discípulo, o conhecido do sumo sacerdote, falou à porteira e fez entrar Pedro. 

17 A porteira disse, pois, a Pedro: “Não serás tu também dos discípulos deste homem?” Respondeu ele: “Não sou.” 

18 Ora, os servos e os guardas tinham feito uma fogueira, porque fazia frio, e estavam se aquecendo. Pedro também estava com eles, aquecendo-se. 

19 O sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito dos seus discípulos e do seu ensinamento. 

42 Pilatos disse-lhes: “Que hei de fazer, então, com Jesus, chamado o Cristo?” - Palavra da Salvação.


Reflexão:

"Eu sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz." (João 18:37b)


Neste versículo, vemos Pilatos enfrentando uma decisão crucial: o que fazer com Jesus, chamado o Cristo. Ele está diante de uma escolha que tem implicações profundas e eternas. Essa pergunta ressoa através dos séculos, ecoando em nossos próprios corações e mentes. Como responder a Jesus Cristo?

Para Pilatos, Jesus era uma figura controversa. Ele reconhece que Jesus é chamado de Cristo, o Messias, o Ungido de Deus. No entanto, Pilatos não parece compreender plenamente a natureza e o propósito de Jesus. Ele está confrontado com uma escolha que não pode ser evitada: aceitar ou rejeitar Jesus como o Rei dos Judeus, como o Messias prometido.

Essa mesma pergunta ecoa em nossas vidas hoje. Como responderemos a Jesus Cristo? Podemos ignorá-lo, rejeitá-lo ou, como alguns fazem, tentar se esquivar de uma resposta definitiva. No entanto, a questão permanece, chamando-nos à tomada de decisão.

Que possamos refletir sobre o que fazer com Jesus, o Cristo, em nossas próprias vidas. Ele continua a nos chamar para uma resposta pessoal e comprometida. Que possamos abrir nossos corações e mentes para Ele, reconhecendo-O como nosso Senhor e Salvador, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.


HOMILIA

"Trazendo à Luz a Profundidade da Paixão"


Meus irmãos e irmãs em Cristo,


Hoje, somos chamados a mergulhar nas profundezas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme nos é apresentado no Evangelho de João, capítulos 18 e 19. Esta passagem não é apenas uma narrativa histórica, mas uma fonte inesgotável de sabedoria espiritual e verdadeira compreensão sobre o sacrifício redentor de Cristo.

No jardim de Getsêmani, vemos Jesus em profunda angústia, enfrentando a agonia do que estava por vir. Ele sabia o que o esperava: a traição, a injustiça, o sofrimento físico e a morte na cruz. E, no entanto, Ele se submeteu à vontade do Pai, aceitando o cálice da dor para a nossa salvação.

Ao longo de todo o processo, Jesus permaneceu calmo, firme e digno. Ele não resistiu quando Judas o traiu, nem quando foi falsamente acusado diante de Anás e Caifás. Ele não se defendeu diante de Pilatos, mas permaneceu em silêncio diante das acusações. Sua coragem silenciosa fala volumes sobre o poder da humildade e da confiança em Deus.

O encontro de Jesus com Pilatos revela uma verdade profunda sobre o reino de Deus. Jesus não é um rei terreno, cujo poder é conquistado pela força das armas. Ele é o Rei dos corações, cujo domínio é estabelecido pela verdade, pelo amor e pela justiça. Pilatos, incapaz de compreender essa realidade espiritual, pergunta: "Que é a verdade?" Uma questão que ressoa até os dias de hoje, quando muitos buscam significado e propósito em um mundo cheio de incertezas.

Na Via Crucis, vemos Jesus carregando a cruz, não apenas como um símbolo de seu sofrimento, mas como um sinal de sua entrega total ao plano divino de salvação. Ele aceita o peso da humanidade pecadora sobre seus ombros amorosos, caminhando em direção ao Calvário, onde o amor de Deus será manifestado de forma suprema.

E na cruz, Jesus pronuncia palavras de perdão, amor e reconciliação. Ele perdoa aqueles que o crucificaram, demonstrando a magnitude de sua misericórdia divina. E ao entregar seu espírito nas mãos do Pai, Ele nos mostra o caminho para a verdadeira liberdade e redenção.

Meus amados, que este relato da Paixão de Cristo não seja apenas uma história para nós, mas uma fonte de inspiração e transformação. Que possamos nos unir a Jesus em sua jornada de sacrifício e redenção, oferecendo nossas próprias cruzes e sofrimentos como um meio de comunhão com Ele.

Que possamos aprender com Jesus a humildade, a coragem e a confiança na vontade do Pai. Que possamos seguir seu exemplo de amor incondicional, perdão e compaixão para com o próximo. E que possamos encontrar esperança e salvação na cruz de Cristo, onde o poder do pecado e da morte foi derrotado para sempre.

Que possamos viver cada dia em profunda gratidão pelo sacrifício de Jesus, lembrando-nos de que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Amém.

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terça-feira, 26 de março de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 13,1-15 - 28.03.2025

Liturgia Diária


28 – QUINTA-FEIRA 

MISSA DA CEIA DO SENHOR (missa vespertina)


(branco, glória, prefácio da Eucaristia – ofício próprio)



Evangelho: João 13,1-15 

Antífona:

Na mesa da ceia, Jesus expressa amor supremo, lavando os pés de seus discípulos. Humildade exemplar, ensina que o verdadeiro líder é servo de todos. Aprendamos com Ele a servir com amor.


João 13,1-15 (Bíblia de Jerusalém)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1. Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.

2. Durante a ceia, quando o demônio já tinha posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de traí-lo,

3. Jesus, que sabia que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava,

4. levantou-se da mesa, tirou o manto e, tomando uma toalha, amarrou-a à cintura.

5. Em seguida, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha que trazia na cintura.

6. Chegou assim a Simão Pedro. Pedro disse-lhe: "Senhor, vais lavar-me os pés?"

7. Respondeu Jesus: "Agora, não compreendes o que estou fazendo; mais tarde, compreenderás."

8. Disse-lhe Pedro: "Tu nunca me lavarás os pés!" Mas Jesus respondeu-lhe: "Se eu não te lavar, não terás parte comigo."

9. Simão Pedro disse-lhe: "Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça."

10. Jesus respondeu-lhe: "Quem tomou banho não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos."

11. Ele sabia quem o ia trair. Foi por isso que disse: "Nem todos estais limpos."

12. Depois de lhes lavar os pés, tomou o manto, sentou-se novamente à mesa e disse-lhes: "Compreendeis o que vos fiz?

13. Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.

14. Portanto, se eu, que sou vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros.

15. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, façais também vós." - Palavra da Salvação.


Reflexão:

"Se eu, que sou vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros." (João 13:14)


Este poderoso relato nos mostra a humildade e o amor incondicional de Jesus Cristo. Ele, o Filho de Deus, se abaixa para lavar os pés de seus discípulos, um ato que normalmente seria reservado aos servos mais baixos na hierarquia social da época.

Essa ação simbólica não apenas demonstra a profunda humildade de Jesus, mas também nos ensina uma lição valiosa sobre o verdadeiro significado do serviço e da liderança. Jesus não apenas fala sobre amor e serviço; Ele os exemplifica em suas próprias ações.

Ao lavar os pés de seus discípulos, Jesus está ensinando que o verdadeiro líder é aquele que está disposto a servir os outros, mesmo em tarefas humildes e aparentemente insignificantes. Ele nos lembra que, para ser grande no Reino de Deus, devemos ser servos de todos.

Além disso, ao abordar Pedro, que inicialmente resistiu ao gesto de Jesus, Ele nos ensina sobre a importância da humildade e da submissão à vontade de Deus. Devemos estar dispostos a permitir que Jesus nos limpe e nos purifique, mesmo quando não entendemos completamente Seus propósitos.

Que possamos aprender com o exemplo de humildade e serviço de Jesus, buscando imitá-Lo em nossas próprias vidas, servindo uns aos outros com amor e humildade, seguindo Seu exemplo e vivendo de acordo com Seus ensinamentos.


HOMILIA

A Lição da Humildade e do Serviço


Queridos irmãos e irmãs,


Hoje, ao contemplarmos o Evangelho de João 13,1-15, somos convidados a mergulhar nas profundezas do amor e da humildade manifestados por Jesus Cristo na Última Ceia.

Neste momento sagrado, Jesus, sabendo que a hora de sua partida se aproximava, surpreende seus discípulos ao assumir o papel de um servo humilde. Ele se levanta da mesa, veste-se como um servo e começa a lavar os pés dos seus próprios discípulos, incluindo aquele que em breve o trairia.

Esta ação aparentemente simples contém uma mensagem poderosa e transformadora. Jesus, o Filho de Deus, o Senhor e Mestre de todos, humilha-se diante de seus seguidores, ensinando-nos que o verdadeiro poder reside na humildade e no serviço desinteressado aos outros.

Ao lavar os pés dos discípulos, Jesus não apenas demonstra a natureza do verdadeiro amor, mas também desafia nossas concepções sobre liderança e autoridade. Ele nos lembra que, na economia do Reino de Deus, o maior é aquele que serve, o mais importante é aquele que se humilha.

Além disso, Jesus nos ensina a importância da humildade receptiva. Quando Pedro se opõe ao gesto de Jesus, o Senhor gentilmente o corrige, explicando-lhe que, sem o lavar dos pés, ele não poderia ter parte com Ele. Isso nos lembra que devemos estar dispostos a receber o serviço amoroso de Jesus em nossas vidas, permitindo que Ele nos purifique e nos renove.

Portanto, queridos irmãos e irmãs, somos chamados a imitar o exemplo de Jesus em nossas próprias vidas. Devemos buscar oportunidades para servir uns aos outros com amor e humildade, colocando as necessidades dos outros antes das nossas próprias. Devemos estar dispostos a nos humilhar diante de Deus e dos outros, reconhecendo que é no serviço abnegado que encontramos verdadeira grandeza.

Que possamos aprender com a lição da humildade e do serviço de Jesus na Última Ceia, e que isso transforme nossos corações e nossas vidas, capacitando-nos a viver como verdadeiros discípulos do Senhor.

Que o Espírito Santo nos conceda a graça de vivermos em humildade e serviço, seguindo o exemplo de Jesus, hoje e sempre. Amém.

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segunda-feira, 25 de março de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 26,14-25 - 27.03.2024

Liturgia Diária


27 – QUARTA-FEIRA 

SEMANA SANTA


(roxo, prefácio da paixão II – ofício próprio)



Evangelho: Mateus 26,14-25

Antífona:

Na mesa da ceia, a sombra se estende. Amigos perturbados, olhares aflitos. Entre pão e vinho, um traidor se revela. Trinta moedas ecoam, prelúdio da traição. No silêncio, o coração se agita.


Mateus 26,14-25 (Bíblia de Jerusalém):

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 14 Então, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes

15 e disse: "Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei?" Eles, por sua parte, lhe estipularam trinta moedas de prata.

16 E desde esse momento buscava oportunidade para o entregar.

17 No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: "Onde queres que te preparemos a ceia pascal?"

18 Ele respondeu: "Ide à cidade, a certo homem, e dizei-lhe: O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo. Vou celebrar a Páscoa em tua casa com os meus discípulos."

19 Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.

20 Ao cair da tarde, pôs-se à mesa com os Doze.

21 Enquanto comiam, disse: "Em verdade vos digo, um de vós me há de entregar."

22 Eles, profundamente contristados, começaram cada um a perguntar-lhe: "Por acaso sou eu, Senhor?"

23 Ele, respondendo, disse: "Aquele que meteu comigo a mão no prato, esse me há de entregar.

24 O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito. Ai, porém, daquele que entrega o Filho do Homem! Melhor fora para ele que não tivesse nascido!"

25 Judas, que o entregava, tomando a palavra, disse: "Por acaso sou eu, Mestre?" Jesus respondeu-lhe: "Tu o disseste." - Palavra da Salvação.


Reflexão:

 "Aquele que vai molhar o pão no prato comigo é quem me vai entregar." (Mateus 26:23)


Este trecho do Evangelho de Mateus retrata um dos momentos mais dramáticos na vida de Jesus: a traição de Judas Iscariotes. Observamos como Judas, um dos discípulos mais próximos de Jesus, se dispõe a trair o Mestre por trinta moedas de prata. Isso nos leva a refletir sobre os motivos que levaram Judas a cometer esse ato, seja por ganância, decepção ou outros motivos ocultos.

Além disso, a reação dos discípulos ao ouvirem Jesus dizer que um deles o trairia mostra a profunda tristeza e perplexidade que sentiram diante dessa revelação. Eles, que compartilharam momentos íntimos e ensinamentos com Jesus, agora se questionavam se seriam capazes de tal ato.

A resposta de Jesus, indicando que aquele que metesse a mão no prato com ele o trairia, é um sinal da proximidade e da natureza íntima da traição. Jesus, mesmo sabendo da traição iminente, não recua de seu propósito divino e segue adiante, cumprindo o plano de salvação.

Essa passagem nos convida a examinar nossas próprias motivações e lealdades. Nos lembra da importância da confiança, da fidelidade e da integridade em nossos relacionamentos, especialmente com aqueles que são próximos a nós. E, acima de tudo, nos lembra da graça e misericórdia de Jesus, que mesmo traído e abandonado por aqueles mais próximos, continua a amar e a oferecer redenção a todos nós.


HOMILIA

A Tragédia da Traição


Queridos irmãos e irmãs em Cristo,


Hoje, somos convocados a refletir sobre um dos episódios mais angustiantes e reveladores da história cristã: a traição de Judas Iscariotes. Neste trecho do Evangelho segundo Mateus, somos confrontados com a complexidade da natureza humana e com as consequências devastadoras da deslealdade.

No cenário da última ceia, onde a comunhão deveria ser o auge da união entre Jesus e seus discípulos, uma sombra sinistra se insinua. Enquanto partilham o pão, Jesus anuncia que um entre eles o trairá. A incredulidade e o temor se apoderam dos corações dos discípulos, que questionam, um por um, se seriam eles o traidor. E é nesse momento de intimidade e fraternidade que Judas Iscariotes se revela como aquele que entregará seu Mestre por trinta moedas de prata.

Essa passagem nos confronta com a realidade dolorosa da traição, um tema que ecoa através dos séculos e ressoa em nossas próprias vidas. A traição não é apenas um evento histórico, mas uma experiência profundamente humana. Quantas vezes fomos traídos por aqueles em quem confiávamos? Quantas vezes traímos os outros, traindo assim a nós mesmos e nossos valores mais profundos?

No entanto, essa história nos convida a ir além do choque inicial e a buscar compreender as raízes mais profundas da traição. Judas, como muitos de nós, sucumbiu às tentações do poder, da ganância e da ambição desenfreada. Ele trocou a amizade e a lealdade por um punhado de moedas, demonstrando a fragilidade da natureza humana quando não ancorada em princípios sólidos e no amor verdadeiro.

Mas mesmo na traição mais dolorosa, encontramos uma lição de esperança. Jesus, mesmo sabendo da traição iminente, não responde com ódio ou rancor, mas com amor e perdão. Ele continua a compartilhar sua mensagem de salvação, oferecendo a oportunidade de arrependimento e redenção até mesmo ao traidor mais vil.

Portanto, irmãos e irmãs, que possamos aprender com essa história trágica e transformá-la em uma fonte de crescimento espiritual. Que possamos cultivar a verdadeira lealdade em nossos relacionamentos, buscando sempre o bem comum e o amor mútuo. E que, mesmo diante da traição mais amarga, possamos seguir o exemplo de Jesus, respondendo com compaixão, perdão e graça.

Que o Espírito Santo nos guie nesse caminho de verdade, amor e reconciliação, hoje e sempre. Amém.

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domingo, 24 de março de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 13,21-33.36-38 - 26.03.2024

Liturgia Diária


26 – TERÇA-FEIRA 

SEMANA SANTA


(roxo, prefácio da paixão II – ofício próprio)



Evangelho: João 13,21-33.36-38 

Antífona:

"Na mesa do Senhor, revela-se o coração humano: amor e traição entrelaçados. Pedro, impetuoso, promete fidelidade, mas negará três vezes. Amando como Ele amou, seguimos, mesmo na fraqueza, rumo à verdadeira entrega."


João 13,21-33.36-38 (Bíblia de Jerusalém)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 21.Tendo dito isso, Jesus ficou profundamente perturbado e declarou: “Em verdade, em verdade, Eu vos digo: um de vós Me trairá”.

22.Os discípulos se entreolhavam, perplexos, sem saber de quem Ele falava.

23.Ora, havia à mesa um dos Seus discípulos, aquele a quem Jesus amava.

24.Simão Pedro fez-lhe sinal e perguntou: “Dize-nos de quem se trata”.

25.Então, reclinando-se sobre o peito de Jesus, esse discípulo Lhe perguntou: “Senhor, quem é?”

26.Jesus respondeu: “É aquele a quem Eu der este pedaço de pão molhado”. E, após molhar o pão, entregou-o a Judas Iscariotes, filho de Simão.

27.Assim que Judas recebeu o pão, Satanás entrou nele. Jesus, então, lhe disse: “O que pretendes fazer, faze-o depressa”.

28.Nenhum dos que estavam à mesa compreendeu por que Ele lhe disse isso.

29.Alguns, supondo que Judas recebesse instruções para comprar o que era necessário para a festa ou para dar algo aos pobres, saíram imediatamente.

30.Logo que Judas saiu, Jesus disse: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado n’Ele.

31.Se Deus foi glorificado n’Ele, também Deus O glorificará em Si mesmo e logo O glorificará.

32.Filhinhos, por pouco tempo ainda estou convosco. Vós Me buscareis, mas Eu vos digo agora, como disse aos judeus: ‘Para onde Eu vou, vós não podeis ir’.

33.Um novo mandamento Eu vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.

36.Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu: “Para onde Eu vou, não podes Me seguir agora; mas Me seguirás mais tarde”.

37.Pedro insistiu: “Senhor, por que não posso seguir-Te agora? Darei a minha vida por Ti!”

38.Jesus respondeu: “Tu darás a tua vida por Mim? Em verdade, em verdade, Eu te digo: o galo não cantará antes que Me negues três vezes”. - Palavra da Salvação.


Reflexão:

"Um novo mandamento Eu vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros." (João 13:34)


Este trecho do Evangelho segundo João traz à tona o momento crucial em que Jesus revela que um dos Seus discípulos O trairá. A tensão entre as palavras de Jesus e a incredulidade dos discípulos é palpável. Observamos também a figura emblemática de Pedro, cheio de zelo e promessas fervorosas, mas que, como previsto por Jesus, o negará três vezes antes do amanhecer.

A profundidade dessa passagem reside na dualidade entre amor e traição, fidelidade e negação. Jesus não só prediz a traição, mas também oferece um novo mandamento: amar uns aos outros como Ele nos amou. Nesse momento de despedida, Ele ensina que o amor é o vínculo mais forte entre Seus seguidores.

A atitude de Pedro, embora nobre em sua intenção, revela a fragilidade humana diante das provações. Isso nos lembra da importância da humildade e da dependência de Deus, pois mesmo os mais fervorosos podem sucumbir à fraqueza sem a graça divina.

Assim, essa passagem nos convida a refletir sobre nossa própria fidelidade, nossa capacidade de amar verdadeiramente e nossa necessidade constante da orientação e força que só Jesus pode oferecer.


HOMILIA

"O Chamado ao Amor e à Humildade"


Meus amados irmãos e irmãs em Cristo,


Hoje, mergulhamos nas profundezas do Evangelho segundo João, onde somos convidados a contemplar não apenas as palavras de Jesus, mas também os movimentos do coração humano em meio à sua presença divina.

No contexto da Última Ceia, Jesus revela aos Seus discípulos que um deles O trairá. Imagine a cena: a tensão no ar, as trocas de olhares cheias de perplexidade, enquanto cada discípulo se questiona se é ele o traidor. É então que Pedro, impetuoso como sempre, busca respostas e promete uma lealdade inabalável, mesmo que isso signifique dar a própria vida por seu Mestre.

Contudo, sabemos o desenrolar dos acontecimentos. Jesus não só prevê a traição de Judas, como também a negação de Pedro. E aqui reside uma lição profunda para todos nós: a fragilidade da condição humana diante das provações.

Pedro, com seu fervor e suas boas intenções, representa a nós mesmos em muitas ocasiões. Quantas vezes prometemos fidelidade inabalável a Deus, apenas para, diante do menor desafio, vacilar em nossa fé? Quantas vezes, como Pedro, nos deixamos levar pelo medo, pela dúvida, pela pressão do mundo ao nosso redor?

No entanto, no centro desta passagem, encontramos a mensagem mais sublime de todas: o novo mandamento do amor. Jesus nos instrui a amar uns aos outros como Ele nos amou. Este não é um amor superficial, mas um amor que se entrega, que se sacrifica, que transcende todas as barreiras e diferenças.

Neste chamado ao amor, somos desafiados a olhar para além de nossas próprias fraquezas e limitações. Somos chamados a olhar para o próximo com os olhos de Cristo, a amá-lo não apenas em palavras, mas em ações concretas de serviço e compaixão.

Meus irmãos e irmãs, que possamos, neste dia, renovar nosso compromisso de seguir os passos de Cristo, de amar como Ele amou, mesmo em meio às nossas fraquezas e falhas. Que possamos, como Pedro, encontrar perdão e restauração em Jesus, que conhece nossos corações mais profundamente do que nós mesmos.

Que este Evangelho nos inspire a vivermos como verdadeiros discípulos de Cristo, testemunhando ao mundo o poder transformador do amor divino. Que assim seja. Amém.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Salmo

Evangelho

Santo do dia

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sábado, 23 de março de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 12,1-11 - 25.03.2024

Liturgia Diária


25 – SEGUNDA-FEIRA 

SEMANA SANTA


(roxo, prefácio da paixão II – ofício próprio)



Evangelho: João 12,1-11

Antífona:

Maria unge os pés do Senhor com perfume precioso, enchendo a casa com seu aroma. O gesto é amor, é devoção, é entrega total. Enquanto alguns criticam, Jesus acolhe, reconhecendo o valor desse ato. Que possamos também oferecer nosso melhor em serviço e amor a Ele.


João 12,1-11 (Bíblia de Jerusalém):

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1.Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele tinha ressuscitado dos mortos.

2.Deram-lhe ali uma ceia; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.

3.Maria, pois, tomando uma libra de perfume de nardo puro, muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com os seus cabelos. E a casa encheu-se do perfume do bálsamo.

4.Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar, disse:

5."Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários para os dar aos pobres?"

6.Mas ele disse isto, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa comum, roubava o que nela se lançava.

7.Disse, pois, Jesus: "Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isso.

8.Pois sempre tendes os pobres convosco, mas a mim nem sempre me tendes."

9.Grande multidão de judeus souberam que ele estava ali e vieram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro, que ele ressuscitara dos mortos.

10.Mas os príncipes dos sacerdotes deliberaram matar também a Lázaro,

11.porque muitos judeus, por causa dele, iam e creram em Jesus. - Palavra da Salvação.


Reflexão:

"Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isso." (João 12:7)


Este relato de João nos convida a uma reflexão profunda sobre o amor e a generosidade demonstrados por Maria ao ungir os pés de Jesus com perfume caro. Enquanto alguns, como Judas, podem criticar esse ato como desperdício, Jesus o recebe com aceitação e louvor, reconhecendo-o como um gesto de profundo significado. Maria oferece o seu melhor, não apenas em termos materiais, mas também em termos de amor e devoção.

Ao destacar a proximidade da Páscoa e a presença de Lázaro, ressuscitado por Jesus, o texto ressalta a iminência da paixão e morte de Cristo. A atitude de Maria é um prelúdio simbólico do sacrifício supremo que Jesus estava prestes a fazer por toda a humanidade.

Por outro lado, a presença de Judas nos lembra da mesquinhez e da avareza que podem obscurecer nossa visão espiritual. Enquanto Maria derrama o perfume precioso como um ato de amor, Judas está preocupado com interesses pessoais e materiais. Esta cena nos lembra da importância de discernir entre o que é verdadeiramente valioso aos olhos de Deus e o que é apenas uma preocupação terrena.

Enquanto contemplamos este relato, somos desafiados a examinar nossas próprias atitudes em relação ao sacrifício e à generosidade. Será que estamos dispostos a oferecer o nosso melhor, como Maria, em serviço e devoção a Cristo? Ou estamos mais preocupados com nossos próprios interesses, como Judas? Que possamos aprender com a generosidade de Maria e buscar seguir o exemplo de amor sacrificial demonstrado por Jesus em sua vida e morte.


HOMILIA

 "O Perfume do Amor: Uma Lição de Devoção e Sacrifício"


Meus irmãos e irmãs em Cristo, hoje somos convidados a mergulhar nas profundezas do Evangelho segundo João, capítulo 12, versículos de 1 a 11. Este relato não é apenas uma narrativa histórica, mas um convite para contemplar o verdadeiro significado do amor, da devoção e do sacrifício.


Nos versículos que acabamos de ouvir, testemunhamos Maria, irmã de Lázaro, oferecendo a Jesus um gesto de amor tão profundo que ecoa através dos séculos. Ela unge os pés do Mestre com um perfume de nardo puro, um gesto extravagante que enche toda a casa com seu aroma celestial. É um ato de devoção que transcende o material e mergulha nas profundezas do amor espiritual.


Contudo, nesse momento de sublime amor, surge uma voz de crítica. Judas Iscariotes, motivado por interesses mesquinhos, questiona o valor desse gesto, argumentando que o perfume poderia ter sido vendido para beneficiar os pobres. Mas, como Jesus prontamente observa, Maria escolheu guardar o perfume para o dia de sua sepultura. Ela percebeu a iminência da paixão e morte de Cristo, e seu gesto foi uma antecipação do sacrifício supremo que ele estava prestes a fazer por toda a humanidade.


Quando contemplamos a ação de Maria, somos confrontados com a radicalidade do amor cristão. Ela não hesitou em oferecer o seu melhor a Jesus, mesmo que isso significasse sacrificar algo de valor material. Seu ato nos desafia a examinar nossas próprias atitudes em relação ao amor e à generosidade. Estamos dispostos a oferecer a Deus o nosso melhor, não apenas em termos materiais, mas também em termos de devoção e entrega espiritual?


Além disso, a reação de Judas nos lembra dos perigos do egoísmo e da ganância. Ele estava preocupado com seu próprio interesse, sem compreender a verdadeira profundidade do gesto de Maria. Que possamos aprender com essa lição e evitar cair na armadilha do materialismo e da falta de compaixão.


Neste período da Quaresma, somos chamados a refletir sobre o significado do verdadeiro amor e sacrifício. Assim como Maria ungiu os pés de Jesus, que possamos também oferecer nossas vidas como um perfume agradável diante de Deus. Que possamos seguir o exemplo de Cristo, que se entregou por nós na cruz, e viver uma vida de amor e serviço aos outros.


Que o perfume do amor de Maria nos inspire a buscar uma intimidade mais profunda com Cristo e a viver de acordo com seus ensinamentos. Que possamos nos tornar verdadeiros discípulos do Senhor, oferecendo nossas vidas como um testemunho vivo do seu amor redentor.


Que assim seja. Amém.

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sexta-feira, 22 de março de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 11,1-10 - 24.03.2024

Liturgia Diária


24 – DOMINGO 

RAMOS DA PAIXÃO DO SENHOR


(vermelho, creio, prefácio próprio – 2ª semana do saltério)



Evangelho: Marcos 11,1-10 

Antífona:

"O Rei dos reis entra triunfante em Jerusalém, aclamado pelo povo com ramos e louvores. Hosana ao Filho de Davi! Bendito aquele que vem em nome do Senhor!"


Marcos 11:1-10 (Bíblia de Jerusalém)

Naquele tempo,1.Quando se aproximavam de Jerusalém, de Betfagé e de Betânia, junto do monte das Oliveiras, enviou dois dos seus discípulos

2.e disse-lhes: "Ide à aldeia que está diante de vós; logo que lá entrardes, achareis amarrado um jumentinho, em que ninguém ainda montou. Desamarrai-o e trazei-o.

3.E se alguém vos disser: 'Por que fazeis isso?' Respondereis: 'O Senhor precisa dele, mas logo o devolverá'."

4.Eles foram e acharam um jumentinho amarrado fora, junto de uma porta, no encontro de dois caminhos, e desamarraram-no.

5.Alguns dos que estavam ali disseram-lhes: "Que fazeis, desamarrando o jumentinho?"

6.Eles responderam-lhes como Jesus tinha dito; e deixaram-nos.

7.Trouxeram o jumentinho a Jesus e lançaram-lhes sobre ele os mantos; e Jesus montou nele.

8.Muitos estendiam seus mantos pelo caminho; outros, ramagens que iam cortando nos campos.

9.Os que iam adiante e os que seguiam gritavam: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!

10.Bendito o Reino que vem, de nosso pai Davi! Hosana nas alturas!" - Palavra da Salvação.


Reflexão:

 "Bendito o que vem em nome do Senhor!" (Mc 11,10)


O relato da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, conforme registrado em Marcos 11:1-10, é um momento de grande significado e simbolismo. Jesus, consciente de sua missão redentora, escolhe deliberadamente entrar na cidade montado em um jumentinho, em cumprimento da profecia do Antigo Testamento (Zacarias 9:9).

Este evento é celebrado com entusiasmo pelo povo, que estende seus mantos pelo caminho e proclama louvores a Jesus, reconhecendo-O como aquele que vem em nome do Senhor e saudando o Reino de Deus que Ele traz consigo.

Entretanto, essa aclamação triunfal também carrega consigo uma dose de ironia, pois em poucos dias a multidão que hoje O aclama estará clamando por Sua crucificação. Isso nos lembra da natureza volúvel e instável da fé humana, que pode oscilar entre a adoração e a rejeição diante das circunstâncias.

Para nós, esta passagem nos convida a refletir sobre nossa própria resposta a Jesus. Será que O acolhemos de coração aberto em nossa vida cotidiana, ou somos como a multidão que O aclamou naquele dia, mas logo O abandonou? Que possamos acolher Jesus em nossos corações com sinceridade e devoção, reconhecendo-O como nosso Senhor e Salvador, não apenas nos momentos de triunfo, mas também nos tempos de desafio e provação.


HOMILIA

"A Entrada Triunfal: Recebendo Jesus como Nosso Rei"


Meus irmãos e irmãs em Cristo,


Hoje, ao meditarmos sobre o Evangelho segundo Marcos (11,1-10), somos transportados para um momento de grande significado na vida de Jesus e na história da salvação. Este trecho narra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, um evento cheio de simbolismo e profecia cumprida.

Ao se aproximar de Jerusalém, Jesus instrui dois de seus discípulos a trazerem um jumentinho que encontrariam, como previamente indicado por ele. Esse gesto simples, mas carregado de significado, ecoa as profecias do Antigo Testamento, especialmente Zacarias 9:9, que fala do Rei que vem, humilde e montado em um jumentinho. Aqui, Jesus revela sua natureza messiânica e o cumprimento das Escrituras.

À medida que Jesus entra em Jerusalém, uma multidão o acolhe com entusiasmo, estendendo seus mantos pelo caminho e espalhando ramos de palmeira, símbolos de vitória e exaltação. Eles proclamam: "Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!", expressando sua esperança messiânica e sua fé naquele que veio trazer a salvação.

No entanto, essa entrada triunfal é mais do que uma mera demonstração pública de apoio. Ela marca o início da Semana Santa, o caminho de Jesus em direção ao cumprimento de sua missão redentora. Ele sabe que sua jornada o levará ao Calvário, onde ele será crucificado, mas também ressuscitará para a vida eterna.

Assim, somos convidados a refletir sobre o significado desse evento em nossas próprias vidas. Assim como o povo de Jerusalém acolheu Jesus com júbilo, nós também devemos recebê-lo em nossos corações, reconhecendo-o como nosso Rei e Salvador. Devemos estender nossas vidas diante dele, como os mantos estendidos no chão, prontos para servi-lo em humildade e amor.

Esta passagem também nos desafia a considerar nossas próprias expectativas em relação a Jesus. Muitas vezes, queremos um messias poderoso que nos livre de nossos problemas terrenos, mas Jesus veio para nos libertar do pecado e da morte, oferecendo-nos a verdadeira vida em comunhão com Deus.

Que, ao contemplarmos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, sejamos renovados em nossa fé e compromisso com ele. Que possamos acolhê-lo em nossos corações com a mesma alegria e devoção, reconhecendo-o como o Rei que vem em nome do Senhor.

Que essa Semana Santa seja para nós um tempo de renovação espiritual e encontro com o Cristo ressuscitado, que vive e reina para sempre. Amém.

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quinta-feira, 21 de março de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 11,45-56 - 23.03.2024

Liturgia Diária


23 – SÁBADO 

5ª SEMANA DA QUARESMA


(roxo, prefácio da paixão I – ofício do dia)



Evangelho: João 11,45-56 

Antífona:

Testemunhos se multiplicam; corações se rendem ao poder do Messias. Autoridades se inquietam, conspiram contra o Ungido. Na iminência da Páscoa, a busca fervorosa por Ele preenche os ares. Será Ele visto na festa?


João 11:45-56 (Bíblia de Jerusalém)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 45.Muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria, tendo visto o que Jesus fizera, creram nele.

46.Mas alguns deles foram ter com os fariseus e disseram-lhes o que Jesus fizera.

47.Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o conselho e diziam: "Que faremos, pois este homem opera muitos sinais?

48.Se o deixarmos assim, todos crerão nele, e virão os romanos e destruirão o nosso lugar santo e a nossa nação."

49.Um deles, Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: "Vós nada sabeis,

50.nem compreendeis que vos convém que um só homem morra pelo povo e não pereça a nação inteira."

51.Ora, ele não disse isto de si mesmo, mas sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação.

52.E não somente pela nação, mas também para reunir num só corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.

53.Desde aquele dia, resolveram matá-lo.

54.Jesus já não andava em público entre os judeus, mas retirou-se para uma região perto do deserto, para uma cidade chamada Efraim, e aí permaneceu com os discípulos.

55.Estava próxima a Páscoa dos judeus e muitos subiram do campo a Jerusalém, antes da Páscoa, para se purificarem.

56.Procuravam Jesus e diziam uns aos outros, estando no templo: "Que vos parece? Será que ele não virá à festa?". - Palavra da Salvação.


Reflexão:

"Vós nada sabeis, nem compreendeis que vos convém que um só homem morra pelo povo e não pereça a nação inteira." (João 11:50)


Neste trecho do Evangelho segundo João, vemos como a ressurreição de Lázaro gera uma reação poderosa nas pessoas que testemunharam esse milagre. Alguns crêem em Jesus como resultado direto desse evento, enquanto outros, particularmente os líderes religiosos, se preocupam com as implicações políticas e religiosas de permitir que Jesus continue a operar sinais e a reunir seguidores.

A fala de Caifás, embora motivada por interesses próprios, tem uma ironia profunda, pois revela um entendimento paradoxal da vontade divina. Ele, sem perceber, profetiza a morte de Jesus como sacrifício vicário para a redenção da nação e além dela. Aqui, vemos a soberania de Deus sobre os eventos humanos, mesmo quando os agentes humanos estão agindo por motivos escusos.

Jesus, percebendo a ameaça à sua vida iminente, se retira para um lugar mais isolado com seus discípulos. No entanto, a aproximação da Páscoa traz consigo uma expectativa intensa em relação a Jesus, e muitos se perguntam se ele aparecerá na festa. Isso mostra como a figura de Jesus era central na vida religiosa e social do povo judeu naquele tempo, e como suas ações e ensinamentos eram motivo de especulação e discussão entre as pessoas.


HOMILIA

"A Provação da Fé: Reflexões sobre João 11,45-56"


Meus queridos irmãos e irmãs em Cristo,


Hoje, somos convidados a refletir sobre um trecho profundo do Evangelho de João, que nos leva ao coração do ministério de Jesus e às complexidades do mundo em que ele vivia. No texto que acabamos de ouvir, testemunhamos uma série de eventos que nos desafiam a mergulhar nas profundezas da fé e a considerar o significado do sacrifício de Cristo para nós.

O milagre da ressurreição de Lázaro é um momento extraordinário de revelação da glória e do poder de Deus através de Jesus Cristo. Aqueles que testemunharam esse milagre foram tocados de maneiras diferentes. Alguns creram imediatamente em Jesus, reconhecendo sua divindade e a realidade do Reino que ele proclamava. Outros, no entanto, foram até as autoridades religiosas para relatar o que haviam visto, desencadeando um processo que culminaria na condenação e crucificação de Cristo.

É interessante observar a reação das autoridades religiosas diante do milagre de Jesus. Em vez de se maravilharem com o poder de Deus manifesto através dele, eles se sentiram ameaçados. Eles viram Jesus como uma ameaça ao seu próprio poder e autoridade. Isso nos faz refletir sobre como o poder e a busca pelo controle podem cegar as pessoas para a verdadeira obra de Deus.

Em meio a essa trama política e religiosa, encontramos a figura de Caifás, o sumo sacerdote naquele ano. Ele, inadvertidamente, profetiza sobre o sacrifício vicário de Jesus, mostrando como Deus pode usar até mesmo as intenções más das pessoas para cumprir seu plano redentor. Ele diz: "Vós nada sabeis, nem compreendeis que vos convém que um só homem morra pelo povo e não pereça a nação inteira."

Essa frase ressoa profundamente em nossos corações, pois aponta para o sacrifício supremo de Jesus na cruz. Ele, o Cordeiro de Deus, morreu para que possamos ter vida. Sua morte não foi apenas um evento histórico, mas um ato de amor infinito que nos reconciliou com Deus e nos ofereceu a esperança da vida eterna.

À medida que nos aproximamos da celebração da Páscoa, somos chamados a contemplar o mistério da cruz e a nos renovar em nossa fé. Que possamos nos abrir à graça redentora de Cristo e permitir que ela transforme nossos corações e nossas vidas. Que possamos seguir o exemplo de amor e serviço que Jesus nos deu, e testemunhar sua ressurreição através de nossas próprias vidas.

Que o Espírito Santo nos guie e nos fortaleça nesta jornada de fé, para que possamos viver como verdadeiros discípulos de Cristo, testemunhando seu amor e sua verdade em nosso mundo. Amém.

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